Sete de Setembro, sete finais, sete campeões!

Setembro chegou daquele jeito que só o povo brasileiro entende: frio indo embora, sol aparecendo tímido e a bola rolando quente. Foi fim de semana de feriado, de 07/09, e até o calendário fez piada com a gente: mês SETEmbro, dia sete, sete campeões coroados. Coincidência? Que nada, isso é a várzea mostrando que até os números entram no jogo.

E a Caravana? Ah, a Caravana rodou pesado nesse fim de semana. Começou no Campo Limpo, passou por Aricanduva/Formosa/Carrão, seguiu para o Butantã e ainda fechou em Pinheiros. Porque essa é a ideia: ninguém fica de fora, todo mundo pertence, todo mundo joga, todo mundo vibra.

Foi final pra todo gosto: teve gol de tudo quanto jeito, teve goleiro herói, bola na trave, expulsão, polêmica e até aquele velho drama dos pênaltis que deixa todo mundo sem unha na arquibancada. É disso que a várzea vive: suor, raça e histórias que só quem tava lá vai contar por muito tempo.

Agora segura o fôlego e vem com a gente, porque chegou a hora de conhecer os donos das taças da rodada. E agora, com vocês… os campeões! 

Poker F.C. 1×0 Sociedade Esportiva Sem Clube – All in na quebrada!



No Campo Limpo, o Poker entrou em campo com sede de novidade. Campeão inédito? Só se fosse agora. O Sem Clube, com a moral de carregar o título da edição de campeão Municipal de 2024, vinha como favorito, mas encontrou um adversário que não respeitou o currículo.

Logo no início, o time do Poker mostrou estratégia: marcação alta, intensidade e velocidade pelas pontas. Guminha foi o maestro da tarde. Driblava, se posicionou bem e achou um espaço na lateral direita. Recebeu, ajeitou e soltou uma bomba que morreu no ângulo. Um golaço que fez o C.D.C Arena Regional tremer.

O Sem Clube tentou se reorganizar, mas a defesa adversária estava fechadinha. No segundo tempo, o clima esquentou. O Poker perdeu um jogador expulso, começou a segurar o jogo e até fez cera, arrancando reclamação da torcida rival. O árbitro deu incríveis 16 minutos de acréscimo e foi pressão total do Sem Clube. Mas aí brilhou a muralha dourada e preta: o Poker resistiu e soltou o grito. Festa da Zona Sul: eles estão no topo do Campo Limpo!

Buraco Quente Vila Formosa (3)1×1(1) Unidos da Vila Mafra – O Pantera rugiu!


Final com cara de final: dividida forte, pressão e nervos no limite. No primeiro tempo, Buraco Quente mostrou força no jogo aéreo e abriu o placar com Jhow, que apareceu como centroavante raiz no escanteio ensaiado. O Unidos, empurrado pela torcida, respondeu com volume ofensivo: bola na trave, chutes de fora e o goleiro Pantera já dando trabalho.

Na volta do intervalo, o empate saiu cedo. Daniel pegou o rebote e botou fogo no jogo. A partir daí, foi coração na chuteira e faltas para todo lado. A arbitragem até perdeu a mão em alguns momentos, mas segurou até o fim.

Nos pênaltis, Buraco Quente se agigantou. Pantera virou muralha, defendeu três cobranças e virou herói. Quando Nogueira bateu o último, a quebrada explodiu em festa. Vila Formosa tem campeão e tem goleiro com nome cravado na história.

Guaraú Vive F.C. 6×0 Imperaú Esporte Clube – O baile do Butantã

Nem todo jogo de final é drama. Alguns são apenas baile. E o Guaraú Vive mostrou que vive mesmo, goleando sem dó o Imperaú por 6×0. Foi massacre, com gols em sequência no primeiro tempo: 3 a 0 rápido, um contra e um golaço de Negão.

No segundo tempo, o ritmo diminuiu, mas ainda deu tempo de Jé  brilhar e marcar mais um. O Imperaú até tentou, mas era impossível parar o rolo compressor do Guaraú. A torcida saiu com sorriso largo, porque o título ficou em casa e de forma incontestável.


Furacão F.C. (6)0x0(5) Sport Club Rua D – O tricampeão soprou forte

 Pinheiros parou para ver a decisão. Furacão queria o tricampeonato e o Rua D sonhava em quebrar a sequência do rival. O primeiro tempo foi equilibrado, com as duas equipes se estudando, marcando firme e finalizando pouco.

Na segunda etapa, o jogo ganhou em emoção, mas continuou travado. As chances claras apareceram só no fim, com os goleiros sendo os grandes protagonistas. Sem gols, veio a loteria dos pênaltis.

Foram cinco cobranças impecáveis de cada lado. Nas alternadas, o Furacão marcou e o goleiro Guilherme pegou a última do Rua D. Fim de papo: 6×5 nos penais, tricampeonato garantido e festa nas arquibancadas. A hegemonia continua.

Os outros campeões também brilharam

Nem todos os jogos tiveram Caravana ou transmissão, mas todo título merece ser celebrado.

Na Casa Verde/Limão/Cachoeirinha, o Borussia Zona Norte bateu o Memo-Memo por 2×0 e garantiu a taça com autoridade. Já na Capela do Socorro, o Vinte Oito venceu os Novos Unidos por 1×0, em jogo truncado decidido no detalhe. E em Cidade Tiradentes, o Torino ZL segurou o Atlético do Aloja e venceu por 1×0, mostrando que um gol basta para levantar o troféu.

Parabéns a todos os campeões!  E também aos vices, que lutaram até o fim. No futebol de quebrada, levantar a taça é grande, mas estar em campo numa final já é história que ninguém apaga.

Highlights da rodada – pra quem gosta de resumo rápido

  • Guminha fez o golaço que deu o título ao Poker no Campo Limpo.
  • Pantera, goleiro do Buraco Quente, defendeu três pênaltis e virou herói em Aricanduva.
  • Guaraú Vive atropelou o Imperaú: 6×0 sem discussão no Butantã.
  • O Furacão conquistou o tricampeonato nos pênaltis contra o Rua D em Pinheiros.
  • Borussia ZN, Vinte Oito e Torino ZL completaram a lista de campeões, cada um com sua quebrada vibrando junto.

No fim das contas, o que ficou desse fim de semana foi a certeza de que cada quebrada tem seu brilho.

Do Campo Limpo ao Butantã, de Aricanduva/Formosa/Carrão até Pinheiros, a Caravana mostrou que o futebol pulsa em cada esquina de São Paulo.

Parabéns aos campeões e também aos vices, que deixaram raça e história dentro de campo. Porque aqui, mais do que levantar taça, é sobre carregar a bandeira da sua região e mostrar que a cidade inteira joga junto.